IML analisou ossos encontrados na barriga do animal, no final de abril
REDAÇÃO
A Polícia Científica chegou a conclusão de que o material coletado da barriga de um jacaré-açu, em Araguacema, no fim de abril, não pertence a um ser humano.
De acordo com o médico legista Jorge Pereira Guardiola, diretor do Instituto Médico Legal (IML) de Palmas, a constatação tem como base o exame anatomopatológico (microscópico) realizado na matéria orgânica e nos fragmentos ósseos encontrados no estômago do animal.
“Para chegar ao resultado final, o material ósseo foi submetido à descalcificação em meio ácido e laminados, corados com Hematoxilina (HE)/ Eosina e analisados sobre microscopia óptica”, explicou o legista.
Segundo Guardiola, no dia 25 de abril, as amostras foram submetidas a um exame antropológico macroscópico, mas o resultado foi inconclusivo por causa do avançado estado de decomposição do material analisado. Contudo, desde a primeira análise, já se suspeitava que os ossos não eram de uma pessoa. Com o novo exame, essa hipótese foi confirmada.
O legista explica que como não se tratam de restos humanos, não há necessidade de realização do exame de DNA.
Relembre
O jacaré-açu foi localizado perto do córrego Ponta Grossa, a cerca de um quilômetro de onde Rogério Marques de Oliveira (foto ao lado), de 41 anos, desapareceu. O animal estava amarrado e com uma marca de tiro na cabeça. Um médico esteve no local e contou que foram encontrados, na barriga do bicho, cabelo, pele e ossos parecidos com costelas humanas.
O suposto ataque aconteceu no dia 17 deste mês. Rogério estava tomando banho com amigos e familiares, quando, segundo testemunhas, teria sido atacado por um jacaré e puxado para o fundo do rio Araguaia. Depois de quatro dias de buscas, os bombeiros encerraram os trabalhos de resgate.
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